“A moda que você usa faz o futuro
que você quer”, organizada pelo Sindicado das
Indústrias do Vestuário do Rio Grande do Sul
(SIVERGS), terá uma TAG de origem nas roupas;
Pesquisa revela que 24,4% das empresas pretendem se reposicionar para crescer a
partir do segundo trimestre deste ano
O vestuário foi um dos setores da economia mais atingidos em 2020 por causa da pandemia. De acordo com o Sindicato das Indústrias do Vestuário do Rio Grande do Sul (SIVERGS), estima-se que a retração do número de empresas do segmento no Estado foi de aproximadamente 22%. A rápida descapitalização, falta de matérias-primas e problemas de acesso aos créditos governamentais, fez centenas de empresas, na maioria de pequeno e médio porte, encerrarem as atividades, deixando desempregadas pelo menos, 1.400 pessoas. Mesmo com um pequeno aumento de 4,9% nas vendas do primeiro trimestre de 2021 comparado ao mesmo período do ano passado, a entidade que representa este importante setor está lançando a campanha “A moda que você usa faz o futuro que você quer”, que tem por objetivo estimular o consumo, inclusive o online, de marcas locais.
“É uma forma de fazer a roda da economia
do nosso Estado voltar a girar com força. Ganha a indústria, que faz crescer o
seu faturamento, podendo aumentar a produção e empregar mais; Ganha o Estado,
que arrecada mais impostos, podendo aplicar mais recursos em saúde, educação,
segurança e infraestrutura.” afirma Silvio Colombo,
presidente do SIVERGS. No ano passado a arrecadação do setor em ICMS,
segundo a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, foi de R$ 85,1 milhões,
representando 0,4% do total arrecadado pela indústria gaúcha, que faturou R$
21,7 bilhões. Comparado com 2019, uma queda de 17,5% de recolhimento de
impostos, que naquele ano, arrecadou
R$ 103,1 milhões. Sobre uma projeção para 2021, o SIVERGS vem fazendo pesquisas
regulares junto às empresas para poder analisar o grau de confiança dos
empreendedores da área.
Atualmente,
as 15 mil empresas da cadeia têxtil no Rio
Grande do Sul são responsáveis por 23 mil empregos diretos e 38 mil
indiretos. Destas, apenas 2.535 possuem mais de 10
colaboradores. “Quando se trata de empregabilidade a cadeia têxtil é a primeira da
economia, pois englobamos diversos setores com fiação, tecelagem,
confecção e criação”, diz Rogério Bértoli, vice-presidente do SIVERGS. A
campanha “A moda que você usa faz o
futuro que você quer”, é
um estímulo para ampliarmos os números de empregos, pelo menos, recuperar os que
foram perdidos no ano passado, acredita Silvio.
TAG
Outro
fator importante por trás do manifesto é a valorização do produto. “Queremos, também, destacar a qualidade e a
criatividade da nossa produção. É hora de mostrarmos que somos um polo moderno
de confecção. De mostrar quem somos”, enfatiza Katiane da Cunha Martins,
diretora do SIVERGS. Para identificar a
origem das roupas feitas aqui, a entidade criou uma TAG, etiquetas que serão anexadas, inicialmente, nas peças feitas pelas
empresas associadas à entidade. “Em um
segundo momento, abriremos para empresas não filiadas, por um custo acessível,
e ainda, disponibilizar para os demais sindicatos do setor a distribuição para suas
empresas filiadas no Estado”, conclui Silvio.
Expectativa
da Indústria Vestuário Inverno 2021
Em pesquisa
realizada no período de cinco a 20 de abril 2021 apontou as expectativas dos
empreendedores da Indústria do Vestuário do Estado para a estação Inverno/2021.
Manterem-se
abertos e estáveis é o objetivo de 53,7% dos entrevistados. Já 24,4% pretendem
reposicionar a marca para crescer em negócios futuros. Também chama a atenção o
crescimento da Moda Conmfy e Serviços às Indústrias, o que demostra uma
adequação das empresas ao novo momento.
Confira
o vídeo da Campanha “A moda que você usa faz o
futuro que você quer”,
produzido pela Casa de Criação, de Porto Alegre.
Link:
https://we.tl/t-BOji5YRw1K
Fotos:
Celina Carvalho – Casa de Criação