O Diabetes tipo 2 é o que mais afeta os adultos e está associado ao estilo de vida. A indicação, de acordo com o médico, é investir em uma alimentação saudável, prática regular de atividades físicas e controle de peso. Canani explica que alguns estudos propõem o uso de medicamentos precocemente, porém, há uma discussão sobre a real prevenção e tratamento da doença sob este aspecto.
O censo do diabetes foi o único levantamento sobre a doença, realizado nos anos 1980, em diversas capitais brasileiras, adotando a mesma metodologia de análise, que possibilitou compreender a real situação sobre a incidência da doença. “Na ocasião, estimava-se que, no Brasil, a prevalência era de 7,6% e, em Porto Alegre, 8,8%. No entanto, atualmente, estes números estão subestimados. Em um estudo feito em 2006, 5,3% das pessoas informaram ter a doença, mas o índice aumentou para 7,4%, em 2012. Se considerarmos que a proporção de pessoas com diabetes sem conhecimento permanece, estima-se uma prevalência acima de 13% da população adulta”, argumenta Canani.
Além disso, o presidente da SBEM alerta que, para cada pessoa com diabetes, há uma com pré-diabetes, com maior risco de desenvolver a patologia além da possibilidade de apresentar doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Indivíduos que estejam acima do peso, que tenham familiares com diabetes, mulheres que tenham tido filhos com mais de 4 quilos e pessoas acima de 65 anos tem maior risco de ter diabetes, devendo, anualmente, realizar testes para mapear a possibilidade de ocorrência. Fonte: ANRIGS-Associação Médica do Rio Grande do Sul e Marcelo Matusiak.