Diabetes: hábitos saudáveis e exames regulares auxiliam na prevenção da doença


Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia estima que 13% das pessoas adultas têm a patologia. O desconhecimento é o maior inimigo. Entre 30% e 50% das pessoas com diabetes não sabem que têm a doença, conforme aponta o médico e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Luis Henrique Canani. Ações de conscientização e prevenção mobilizam a comunidade médica em virtude do Dia Nacional do Diabetes, celebrado no dia 14 de novembro. “Uma proporção grande de pessoas apresentam complicações do diabetes no momento do diagnóstico que levam anos para se instalarem, mostrando que existe um atraso importante na identificação da doença. Por isto, esta data é importante para chamar a atenção dos sintomas e de como diagnosticar precocemente é importante”, destaca Canani.

O Diabetes tipo 2 é o que mais afeta os adultos e está associado ao estilo de vida. A indicação, de acordo com o médico, é investir em uma alimentação saudável, prática regular de atividades físicas e controle de peso. Canani explica que alguns estudos propõem o uso de medicamentos precocemente, porém, há uma discussão sobre a real prevenção e tratamento da doença sob este aspecto.

O censo do diabetes foi o único levantamento sobre a doença, realizado nos anos 1980, em diversas capitais brasileiras, adotando a mesma metodologia de análise, que possibilitou compreender a real situação sobre a incidência da doença. “Na ocasião, estimava-se que, no Brasil, a prevalência era de 7,6% e, em Porto Alegre, 8,8%. No entanto, atualmente, estes números estão subestimados. Em um estudo feito em 2006, 5,3% das pessoas informaram ter a doença, mas o índice aumentou para 7,4%, em 2012. Se considerarmos que a proporção de pessoas com diabetes sem conhecimento permanece, estima-se uma prevalência acima de 13% da população adulta”, argumenta Canani.

Além disso, o presidente da SBEM alerta que, para cada pessoa com diabetes, há uma com pré-diabetes, com maior risco de desenvolver a patologia além da possibilidade de apresentar doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.

Indivíduos que estejam acima do peso, que tenham familiares com diabetes, mulheres que tenham tido filhos com mais de 4 quilos e pessoas acima de 65 anos tem maior risco de ter diabetes, devendo, anualmente, realizar testes para mapear a possibilidade de ocorrência. Fonte: ANRIGS-Associação Médica do Rio Grande do Sul e Marcelo Matusiak.
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