Quando eu era criança, na época de Natal perguntava para minha mãe: "O que a sra quer de presente?" Ela respondia:
"Saúde e que ninguém falte no próximo ano!"
Daí eu dizia "NÃO, MAINHA... tô falando de presente de verdade!"
Hoje eu percebo que ela tinha razão. Nenhum presente tem valor, se as cadeiras estiverem vazias.
Esses vazios não são necessariamente os lugares a mesa e nem sempre são respectivamente referentes às pessoas.
Os últimos anos trouxeram grandes desafios a humanidade e com eles, muitos momentos de aflições, incertezas, angústias e, consequentemente, sensações de vazios.
Esse é um sentimento que nos alcança sem avisos prévios, em um contexto mais vulnerável de melancolia, tristeza, ou de transição, como mudanças repentinas, como uma pandemia, guerra, politica ou afins.
É um momento banhado de questionamentos sobre a própria existência, sobre as próprias decisões, seus objetivos, e o rumo que sua vida está prestes a tomar.
Mesmo carregando esse nome de “vazio”, não é, nem de longe, uma sensação leve de se carregar no peito!
Comumente temos encontrado espaço sobrando, repleto de vazio que deveria estar sendo ocupado pelo diálogo, pela união, generosidade, equilíbrio emocional, paz e amor.
A maneira mais eficaz de superar o vazio e não apenas conviver com ele é buscando auxílio profissional na busca de um autoconhecimento e desenvolvendo melhor uma autoconsciência emocional. Faz parte do processo de cura nos conhecer, bem como nos reconhecer, aceitando, acolhendo e abraçando possíveis falhas, defeitos e “imperfeições” que nos gerem insegurança e que são partes integrantes da nossa condição humana.
O auxilio terapêutico pode proporcionar autonomia para os diversos caminhos da subjetividade.
O autoconhecimento transforma, o olhar a nós mesmo nos faz entender aquilo que amamos, aquilo que gostaríamos de mudar em nós mesmos e compreender sobre não somente o que causa os nossos vazios, mas também como é possível preenchê-lo.
Descobrir o seu propósito de vida evita essa sensação de vazio existencial.
Na psicologia analítica de Jung já foi dito: Não é possível que o ser humano sobreviva se a sua vida não tem um sentido. É imprescindível encontrar o estado luminoso para que esse vazio existencial seja preenchido.
Ao permitirmos visitar os "porões da mente" anúncios de boas vindas são dadas para transformar nossa história e, dificilmente algum lugar vazio ficará sobrando dentro ou fora de nós.