O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER

 


Hoje, dia 04/02, é o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Dedico algumas linhas para falar sobre o diagnóstico de câncer e a repercussão que isso tem na pessoa que o recebe.

Receber o diagnóstico de câncer desestabiliza de tal forma a pessoa que ela já não ouve mais nada do que o médico está falando. Por isso, diante da suspeita, é sempre bom ir acompanhado por outra pessoa.

Os pensamentos ficam tumultuados: vão ao passado e depois para o futuro num piscar de olhos. Um filme começa a rodar mostrando o que já fez na vida e o que ainda tem para fazer. A morte se apresenta como certa. “Não pode ser? ”, diz uma pessoa. “Por que eu? ”, diz outra, mas também há aquele que acha que o exame está errado, assim como o médico.

Seja de que forma for, quando a pessoa recebe o diagnóstico de câncer, toma consciência de sua própria finitude. O ponto que diferencia a pessoa que recebe o diagnóstico das outras é exatamente esse. Sim, pois lidamos com a vida como se fôssemos viver eternamente.

A mudança que se segue ao diagnóstico impressiona. Pequenas coisas passam a ter valor e outras deixam de ter. A tomada de consciência de que “sou importante para mim mesma” passa a reger os passos dali para a frente. Eu as encorajo a se colocarem em primeiro lugar.

Uma paciente me disse há poucos dias: “morreu uma e nasceu outra mulher: mais linda, mais leve, mais feliz. Esta sou eu agora, depois do tratamento do câncer”. 

Então, encare o diagnóstico de frente. Não permita que a morte a assombre, mas tome consciência de que não viverá para sempre. Isso fará toda a diferença em sua vida. Acredite! Há muita vida além do câncer. E você sairá diferente do outro lado. 

Iracema L.P. Gabardo

 

 

Postagem Anterior Próxima Postagem