Angústias de uma participante de reality show nos sinaliza sobre a necessidade de falarmos sobre o sofrimento psicossocial de quem é portador de Vitiligo.



   Atração de audiência marcante há mais de duas décadas, o Big brother Brasil 22 trouxe nessa edição uma participante que tem dado visibilidade para o conhecimento de uma doença crônica caracterizada por manchas brancas devido à perda do pigmento natural da pele, a melanina, o vitiligo. Natália relatou sofrer “traumas pesados” referentes ao preconceito e desinformação da sociedade.

   De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mais de um milhão de brasileiros convivem com a doença. Aproximadamente 20% dos pacientes com vitiligo afirmam ter pelo menos um parente de primeiro grau portador da doença, por isso, é considerada uma doença genética, de origem autoimune e NÃO CONTAGIOSA.



   Embora não represente um risco para a vida do sujeito, o preconceito é discriminação sofridos são agentes estressores que abalam significativamente o psicológico do indivíduo e, comprovadamente, as emoções estressantes influenciam diretamente no surgimento e propagação das manchas.

   Pesquisas recentes concluíram que mulheres portadoras de vitiligo apresentam mais chances de desenvolver uma baixa autoestima, um expressivo sofrimento emocional e maiores possibilidades de sofrer de transtornos psicológicos, especialmente de depressão, ansiedade, isolamento social e até ideação suicida. 



    Embora ainda seja incurável, o vitiligo tem tratamento e deve ser acompanhado por um dermatologista, bem como por um profissional da saúde mental  pois os prejuízos psicológicos não podem ser negligenciados. Por outro lado, a sociedade precisa ser educada a respeito dessa condição para consequentemente, reduzir, assim, o preconceito associado à falta de informação.

Marjorie Calumby- 

Pedagoga,  psicopedagoga,  psicanalista,  docente universitária do curso de psicologia,  psicóloga organizacional e palestrante. 



 

 

 

 

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