Por muito tempo, acreditou-se que os elos entre filhos e pais eram consideradas
efetivas apenas depois dos quatro anos de idade, porém, está comprovado, que se
estabelecem desde os primeiros contatos do pai com o bebê. Desse modo, a importância
da figura paterna que, durante muito tempo, ocupou um segundo lugar no
desenvolvimento global da criança, assume um lugar de excelência, tão importante
quanto a figura materna.
Em uma família os pais fornecem orientação, aconselhamento e apoio emocional
para as crianças. A ausência da figura paterna pode desencadear o sentimento de
abandono, e esta, pode provocar danos psicológicos muito graves no desenvolvimento
emocional do indivíduo, como os apresentados recentemente por Pesquisadores da
Universidade de Connecticut, nos EUA, em que foram comprovadas que as partes do
cérebro que são ativadas quando a criança se sente rejeitada são as mesmas que se
ativam quando a criança se machuca, ou seja, as crianças sentem a dor da rejeição
paterna como se fosse uma dor física, porém com um agravante: a dor psicológica pode
ser reproduzida e vivenciada por anos, deixando marcas profundas além do excesso de
insegurança e tendência a tornar individuos hostis e agressivos com dificuldades
acentuadas de sociabilidade, com problemas para estabelecer vinculos afetivos.
Por outro lado, os cientistas e os especialistas da área da saúde mental e educacional
afirmam que um pai presente, amoroso e responsável tendem a auxiliar os filhos a se
tornarem adultos mais seguros e confiantes.
Principais exemplos que um pai pode influenciar sobre os filhos:
Hábitos pessoais de higiene no lar e em público;
modos de conduta no lar, igreja (crenças) e na sociedade;
atitudes sobre as leis do lar, igreja (crenças) e da sociedade;
procedimentos de trabalhar· responsabilidade no emprego;
preferências de alimentação;
opiniões políticas;
opiniões religiosas;
conceitos de vestimenta;
uso de palavras e expressões;
modos de conversar;
atitudes sobre substâncias nocivas;
cuidado dos enfermos, deficientes e pobres;
o trato de mulheres e relações afetivas;
boas maneiras;
Morais: honestidade, justiça e fidelidade à sua palavra;
uso do dinheiro;
firmeza e liderança;
padrões de pensamento e raciocínio;
autoestima;
seriedade dada aos estudos;
profissão.
De acordo com o pai da psicanálise, Sigmund Freud: “Não me lembro de nenhuma
necessidade da infância tão grande quanto a necessidade da proteção de um pai.” Diante
disso, o exemplo do pai cria raízes em todos os participantes da família a praticarem nas
suas vidas involuntariamente o mesmo comportamento, os mesmos costumes, hábitos,
morais ou crenças, que são observados e reproduzidos no seio familiar. Pode-se concluir
que a presença de um pai é indiscutivelmente primordial para o desenvolvimento de
filhos saudáveis e felizes
Marjorie
Calumby Gomes de Almeida.
Pedagoga, Psicopedagoga,Psicanalista, Psicóloga Organizacional,
Colunista, Professora universitária no curso de Psicologia – UNIBRA.