CONFIANÇA DOS SERVIÇOS TEM QUEDA BRUSCA EM MEIO À CRISE DO CORONAVÍRUS



O Índice de Confiança dos Serviços (ICS), da FGV, teve queda de 38,3% na passagem do mês de março para abril, na série com ajuste sazonal. Aos 51,1 pontos o ICS atingiu o menor valor da série histórica iniciada em junho de 2008. O resultado foi reflexo das pioras nos seus dois componentes: a variação de -41,5% no Índice de Expectativas (IE-S), com 47,3 pontos, levando o IE-S para o menor nível da série histórica; e a baixa de 34,9% no Índice de Situação Atual (ISA-S), registrando 55,5 pontos, também marcando o pior resultado desde o início da série. Quando comparado a abril de 2019, na série sem ajuste sazonal, o ICS variou -44,2% (52,1 pontos), influenciado pela retração de 49,3% no IE-S (49,7 pontos) e de 35,8% no ISA-S recuou (55,5 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) teve redução na passagem do mês. Enquanto na série com ajuste sazonal o NUCI foi de 82,0% em março para 79,5% em abril, na série sem ajuste, na comparação interanual, foi de 82,0% no mesmo mês do ano anterior para 79,6%.

O resultado de abril aprofundou a queda que se verificou, em parte, no mês de março, evidenciando o forte impacto dos efeitos das medidas de isolamento social sobre o setor. Essa realidade também fica nítida ao se observar o principal fator limitativo à melhora dos negócios em 2020 apontado pelos empresários: 60,8% indicaram como “Outros fatores”, sendo desses cerca de 80% relacionados ao Coronavírus; em seguida aparece a insuficiência de demanda (34,3%) e a competição (20,9%). Nesse cenário negativo, em que a incerteza é muito grande, não há perspectivas de recuperação da atividade no setor no curto prazo.

 

Fecomércio-RS <ascom@fecomercio-rs.org.br>

Para:jornalsimbolo@yahoo.com.br

 

 
Postagem Anterior Próxima Postagem