A aula não pode parar: os desafios do ensino a distância



Ser eficiente nos estudos, muitas vezes, é um desafio. Conseguir isso no meio de uma quarentena pode ser ainda mais. Essa é a realidade de muitos estudantes que estão em isolamento social após as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende essa postura na luta contra a Covid-19. Pegos de surpresa, a utilização de plataformas de ensino on-line em turmas presenciais foi a melhor saída para muitas escolas, faculdades e cursos variados.
Apesar de oferecer algumas facilidades, como a flexibilidade de horário e o tempo maior para absorção de conteúdos, o estudo em casa mudou a rotina de muita gente. O especialista em administração e docente dos cursos de Tecnologia da Informação do Senac Santa Cruz do Sul, Eduardo Bitencourt, precisou se adaptar. “Estamos fazendo o possível para trabalhar a parte teórica agora, deixando o máximo de prática para o final do módulo, quando esperamos que tudo já esteja normalizado”. Para driblar a distância, aulas síncrona em videoconferências têm sido escolhas frequentes. Assim, professores e alunos podem estar no mesmo lugar ao mesmo tempo, mesmo que fisicamente separados, cada um em sua casa.
Mesmo em módulos focados nas prática, os docentes têm feito a diferença na hora da montagem das aulas. Para as tarefas, são utilizadas ferramentas como o Blackboard, que além de ser um ambiente próprio para videoconferências também disponibiliza espaços para a colocação de materiais de leitura e vídeos para estudos. O Whatsapp tem sido outro aliado nesse momento. Grupos estão sendo criados, com alunos e professores, para que o aprendizado seja levado em frente, indiferente do horário. Os docentes se disponibilizam para tirar dúvidas e interagir em tempo real quando necessário. “O retorno tem sido surpreendente. Mesmo em um módulo voltado para prática, tem sido possível interagir e entregar o material necessário diariamente. O feedback dos alunos têm sido muito positivo”, defende Eduardo.
O aluno Matheus Alexsander da Cruz corrobora com a afirmação do docente. Aos 18 anos e cursando o Técnico de Informática no turno da noite, afirma que a experiência está sendo satisfatória, apesar de não estar habituado às plataformas de ensino on-line. “O Eduardo [professor] consegue passar o conteúdo de forma clara, mesmo estando no módulo de montagem e manutenção de computadores, que seria um modo presencial”. Henrique Paulus também vê as plataformas digitais uma saída positiva para o momento. Aos 38 anos e já tendo cursado durante 2 anos e meio outro curso a distância, o aluno, também do turno da noite, afirma: “não é novidade para mim a modalidade. Está sendo bom e os alunos estão conseguindo sanar as dúvidas”.
O isolamento social tem mantido as pessoas longe do vírus, mas também tem desafiado diariamente cada uma delas. Buscar o melhor rendimento é uma cobrança que professores e alunos têm feito a si mesmos. O estudo em casa por meio de diversas plataformas envolve diversos fatores, mas certamente é uma boa escolha para quem quer seguir estudando a qualquer hora e em qualquer lugar.

Fonte - Site da Fecomércio
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