O mês dos namorados nos deixou uma lição: antes de tirar a roupa, observe se não irá tirar a sua paz.

 

     O mês dos namorados nos deixou a seguinte lição: Antes de tirar a roupa, observe se não irá tirar a sua paz.

      Temperaturas amenas e comemoração do dia dos namorados proporcionam ao mês de junho um clima acentuado de romantismo no ar.

     Muitos aproveitam a época para celebrar  seus relacionamentos dando uma renovada na intimidade e reforçando as estruturas afetivas da maneira que se encaixe no momento em que se encontra a fase da relação, dentro do orçamento do casal.

     Há outras pessoas que se incomodam com a data, pois a mesma serve de gatilho ou agente estressor para questionar sua “falta de sorte” no campo amoroso. Encontram-se em conflito por se envolverem em relações incompatíveis com o que se dispõem a encontrar no outro.

     Muitas pessoas querem que suas metas de relacionamento sejam equivalentes a um filme hollywoodiano e acabam exigindo demais. Por outro lado, algumas pessoas vivem o amor sem objetivo nenhum, de maneira rasa e superficial, deixando a vida seguir naturalmente. Porém, é importante ao menos fazer o exercício (realista) de que tipo de relacionamento se deseja construir ao longo do tempo ou mesmo ajustar as coisas.

     Pessoas adeptas de relações “miojo” – preparação e degustação rápidas- provavelmente não possuem muitos critérios além da atração física.

     Mas, aos interessados numa relação mais sólida e consistente,  observar e considerar alguns sinais antes de mergulhar de cabeça, pode mudar o destino daqueles que se autorrotulam como “dedo podre” na hora de escolher um (a) parceiro (a).

     O que vale considerar antes de um envolvimento afetivo?

Como a pessoa se refere aos próprios parentes, amigos e, principalmente aos ex relacionamentos?

Expressa motivação ou desprezo por seus planos, conquistas e realizações?

Há coerência entre o que fala e as atitudes?

Como trata as pessoas que prestam serviços e também as que se encontram em situação de vulnerabilidade?

Apresenta admiração por você?

Demonstra afeto publicamente?

Assume suas parcelas de  responsabilidade ou culpa as outras pessoas pelos erros cometidos?

Alterna entre excesso de atenção e sumiço repentino?

Os encontros são sempre marcados de última hora?

Não faz questão de te conhecer realmente e se limita na supervalorização de pontos específicos como: sex0, bens materiais ou aparência,  por exemplo.

Como reage diante de uma situação de: raiva, ciúme, frustração e alegria?

      Não há receita pronta para um relacionamento dos sonhos. Não há pessoas perfeitas e relacionamentos são vias de mão dupla, onde a vontade de fazer dar certo é um trabalho contínuo dos envolvidos. Mas, atentar-se e relevar alguns indícios podem poupar tempo, energia e saúde mental.

     É importante não esquecer que você é quem estará consigo mesmo (a) até o último dia de sua vida, portanto, ame-se com a mesma admiração que dedica a um grande ídolo.

      Entretanto, quando decidir se relacionar, junte-se a quem os olhos brilhem e que fale de você com a mesma empolgação de quem acabou de descobrir uma nova estrela na galáxia. Seja também esse alguém que encanta! 

     No mais, “Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.” - Vinicius de Moraes





 Marjorie Calumby
Psicanalista,  psicopedagoga, pedagoga, professora universitária,  colunista e palestrante. 

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