10/09 - Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

 


Os números são preocupantes e absurdamente alarmantes para ignorarmos: São

registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no

mundo.


Trata-se de uma desoladora realidade, que registra cada vez mais casos,

principalmente entre os jovens. Diante desse contexto, a ideia de que falar sobre o

suicídio fomenta a cometer o ato, já se tornou ultrapassada na atualidade. A informação

baseada na cientificidade é de fundamental importância sobre qualquer temática, e isso

não é diferente quando discutimos o suicídio. Em um estudo publicado no ano 2000, a

Organização Mundial de Saúde (OMS) sinaliza como causas recorrentes de suicídio

situações como: esquizofrenia, o alcoolismo, doenças crônicas, neurológicas e HIV.

Essas doenças têm associação comprovada com a depressão, tendo em vista que, muitas

vezes, tomada pela angústia e profunda tristeza de saber que seu problema é incurável, o

sujeito mergulha num processo de depressão.

O suicídio é um fenômeno complexo, multifatorial, ou seja, com diferentes

características e de múltiplas determinações que afeta a sociedade como um todo e não

somente os familiares das vítimas.

Conforme a OMS, 9 a cada 10 casos de suicídio, a vítima poderia ter

sobrevivido se tivesse recebido ajuda, se tivesse sido ouvida e ultrapassado o quadro em

que se encontrava. Por essa razão, identificar possíveis indícios de ideação suicida se

faz necessário para interferir o quanto antes na busca de ajuda por tratamento. O

comportamento suicida inclui o seguinte:

 Suicídio consumado: Um ato intencional de autoagressão que resulta em morte.

 Tentativa de suicídio: Um ato de autoagressão cuja intenção é a morte, que acaba

não ocorrendo. Uma tentativa de suicídio pode ou não resultar em lesão.

 

Na maioria das vezes, a gente não está muito atento ao que está acontecendo ao nosso redor.

Mas todo mundo tem a capacidade de observar.

 



 
 



Como identificar os possíveis sinais de risco de suicídio no cotidiano e nas redes

sociais.

Alguns sinais de aviso incluem:

 falar sobre suicídio

 expressar um desejo de morrer

 falar sobre um plano específico de suicídio

 falar sobre depressão ou dor sendo insuportável

 

Sinais comportamentais

Pessoas que pensam em suicídio podem mostrar suas intenções de maneira indireta.

Alguns comportamentos que se correlacionam com o risco de suicídio incluem:

 doar bens

 mudanças no sono ou hábitos alimentares

 se envolver em autoagressão

 explorar métodos de suicídio, como pesquisando suicídio na internet

 tons de despedidas

 desistir das rotinas diárias, como ir à escola ou trabalhar

 

Sinais de humor

Mudanças no humor de uma pessoa podem indicar que ela está pensando ou

planejando suicídio. Alguns sintomas relacionados ao humor a procurar incluem:

 histórico de sintomas de saúde mental

 sintomas psicóticos, como parecer desconectado da realidade ou acreditar em

coisas que não existem

 desesperança, desespero ou apatia

 raiva ou agitação

 depressão ou ansiedade

 vergonha ou humilhação

 solidão ou isolamento

 mudanças de humor extremas


Sentindo-se um fardo

Procurar ajuda é a atitude mais efetiva no combate ao suicídio. Se você conhece

alguém que está passando por um momento difícil, ou até mesmo se identificou em

sinais de risco, busque ajuda de um profissional da área da saúde mental.

Uma alternativa de ajuda é buscar O CVV – Centro de Valorização da Vida.

Trata-se de um canal de comunicação que realiza apoio emocional e prevenção do

suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam

conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Para entrar

em contato com o CVV basta discar 188. Optar pela vida ainda é a melhor decisão.





Marjorie Calumby Gomes de Almeida.

Pedagoga, Psicopedagoga, Psicanalista, Psicóloga Organizacional e

Prof. Universitária no Curso de Psicologia – UNIBRA.

 



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